Sumário para doentes e público em geral
O cancro da pele (não-melanoma/CP-NM) estão entre os tumores malignos mais frequentes.
O tipo mais comum de CP-NM é o carcinoma basocelular, que responde por cerca de 80% dos cancros nos EUA. O carcinoma escamoso ou espinhocelular (CE) ocorre menos frequentemente, sendo responsável por 16% dos cancros da pele. Os restantes 4% correspondem aos melanomas.
As células basais são encontradas na camada mais interna da pele, enquanto as células escamosas são encontradas à superfície.
Estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas nos EUA foram tratadas para cancro da pele não-melanoma em 2006. Contudo, somente 3 000 pessoas morreram com este cancro, sendo as principais mortes devidas aos carcinomas escamosos.
Fatores de risco
Os factores de risco para cancros da pele não-melanoma incluem;
– Pele clara.
– Cabelo ruivo.
– Sardas.
– Exposição crónica aos UVB.
– Queimaduras solares.
– Tabagismo.
Vitamina D e cancro da pele não-melanoma
Existem algumas evidências que comprovam que níveis elevados de vitamina D aumentam o risco de carcinoma basocelular. A radiação UVB é um factor de risco para o carcinoma basocelular independente da vitamina D. Na ausência de radiação UVB, não é claro que a vitamina D seja um factor de risco para este tipo de cancro. Para além disso, testes laboratoriais comprovam que a presença de vitamina D reduz o risco de carcinoma basocelular.
Para ambos os carcinomas, existem evidências de que alguns dos receptores de vitamina D (VDR) estão associados ao aumento de risco. Uma vez que a forma activa de vitamina D, calcitriol, activa os receptores de vitamina D, que, por sua vez, ativam e desativam os genes, existem evidências que sugerem que a vitamina D pode reduzir o risco destes cancros.
Prevenção
Níveis de vitamina D mais elevados podem reduzir o risco de cancro da pele não-melanoma. Contudo, é necessária mais investigação neste campo.
Tratamento
Não existem evidências que comprovem que a vitamina D é benéfica no tratamento de cancro da pele não-melanoma. Contudo, uma vez que valores elevados de vitamina D foram associados a um aumento das taxas de sobrevivência por outros tipos de cancro, a toma de vitamina D poderá auxiliar no tratamento. A abordagem terapêutica de primeira linha implica a cirurgia e outros métodos de tratamento
Comentário
Os níveis de vitamina D na Austrália, Reino Unido e nos EUA têm vindo a diminuir. Isso deve-se, provavelmente, ao aviso dos dermatologistas relativamente aos perigos da exposição solar. Deste modo, o sol tem vindo a ser evitado e o uso de protectores solares tem vindo a aumentar. Isto poderá tornar-se problemático visto que os benefícios que advém da vitamina D em diversas condições de saúde superam os problemas associados à exposição solar nomeadamente os riscos de cancro da pele.
Um dos pensamentos em voga sugere que, uma vez que a radiação UVB é a fonte mais importante de vitamina D para grande parte das pessoas, deveria tornar-se procedimento regular a manutenção ao sol por vários minutos de grande extensão de superfície de pele. Esta exposição torna-se mais proveitosa na produção de vitamina D por volta das 12h00. O tempo de exposição solar deverá ser pouco, mas diário, impedindo assim a ocorrência de queimaduras solares.