Esta é uma das principais conclusões preliminares de um projeto apresentado no passado mês de maio, no Congresso de Nutrição e Alimentação, no Porto.
O projeto, Nutrition Up 65, aponta ainda que os idosos portugueses não apanham sol suficiente e comem pouco peixe gordo e fígado, o que leva a graves carências de vitamina D.
A pesquisa, conduzida por cientistas da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, está a analisar uma amostra representativa de 1 500 pessoas com 65 anos ou mais.
Cerca de 75 a 80 por cento do universo já observado permitiu concluir que “só oito por cento dos idosos têm níveis normais de vitamina D; 15 por cento apresentam níveis insuficientes e 77 por cento, três em cada quatro, sofrem de deficiência (o patamar mais grave)”, revelou Nuno Borges, um dos autores do estudo.
As causas para a deficiência de vitamina D não estão a ser determinadas, mas as suspeitas dos cientistas apontam para a exposição menor ao sol e a carência de alimentos ricos nesse composto.
A falta desta vitamina “predispõe os ossos a uma fratura, interfere na força muscular, na saúde cardiovascular e na imunidade”, lembrou o investigador.
Os dados mostraram ainda que 30 por cento dos idosos não bebem água suficiente e que 90 por cento consomem sal em excesso.
Assim que sejam lançados os dados finais deste estudo, o Fórum D fará uma revisão das suas conclusões ao público.