Sumário para doentes e público em geral
O linfoma de não-Hodgkin é um cancro no tecido linfático, que inclui nódulos linfáticos, a medula e outros orgãos do sistema imunitário.
Esta é uma importante causa de doença e morte. Nos EUA, em cada ano, a doença afecta cerca de 65 000 pessoas e responde por cerca de 20 000 mortes.
Fatores de risco
Existem vários factores de risco associados ao linfoma de não-Hodgkin. Os mais importantes incluem:
- Dieta baseada em produtos animais – ingestão excessiva de carne, nas fases iniciais e ao longo da vida.
- Consumo de bebidas alcoólicas.
- Obesidade.
- Poluentes atmosféricos.
- Tabagismo.
O risco deste tipo de cancro fica mitigado com uma dieta rica em frutas, vegetais, cereais e feijões.
Exposição solar e linfoma não-Hodgkin
A luz solar tem um efeito directo na redução do risco dos linfomas não-Hodgkin. A radiação solar UVB estimula a produção de vitamina D, que pode proteger contra esta doença. Contudo, a radiação solar UVA pode causar problemas ao sistema imunitário e aumentar o risco da doença. Este facto torna-se especialmente relevante nos países do Norte da Europa, tais como a Suécia, onde existe menor incidência de radiação UVB.
O número de casos de linfoma não-Hodgkin e as mortes resultantes variam com a quantidade de radiação solar.
Vários estudos sobre esta doença revelam:
- Taxas menores deste cancro no Sudoeste solarengo dos EUA, por comparação a taxas maiores no Nordeste mais escuro.
- Taxas mais altas de linfomas nos países longe do equador, que recebem menos radiação solar.
Vitamina D e linfoma não-Hodgkin
Um estudo em fumadores do sexo masculino sobre os efeitos da vitamina D no risco de desenvolvimento de linfoma não-Hodgkin, na Finlândia, comprovou que homens com níveis de vitamina D superiores a 24 ng/mL (60 nmol/L) à idade de 50 a 69 anos, comparativamente com homens com níveis inferiores a 16 ng/mL (40 nmol/L) tinham um risco reduzido de 57% de desenvolverem a doença.
Os resultados deste estudo são similares a outros. Estudos de cancro da mama, do cólon e reto comprovam que níveis de vitamina D entre os 40 e os 60 ng/mL (100-150 nmol/L) podem reduzir o risco de cancro.
Como é que Vitamina D funciona neste caso?
A vitamina D interfere no crescimento de tumores cancerígenos. A forma activa de vitamina D – calcitriol – fornece inúmeros benefícios contra o cancro. Esta forma de vitamina D melhora o controlo do ciclo celular e aumenta a morte celular (apoptose). Esta forma de vitamina D também limita o fornecimento de fluxo sanguíneo ao tumor e reduz a proliferação do cancro.
Prevenção
Baseado em estudo de cancro da mama, do cólon e reto, os níveis de vitamina D entre os 40 e os 60 ng/mL (100-150 nmol/L) podem reduzir o risco de linfoma não-Hodgkin. A toma 1000–4000 unidades internacionais (IU) (25–100 mcg) diárias, é geralmente requerido para alcançar níveis de vitamina D entre 40 e 60 ng/mL (100-150 nmol/L)
Tratamento
Pacientes com níveis elevados de vitamina D por altura do diagnóstico têm taxas de sobrevivência superiores. Isto é verdadeiro para vários tipos de cancro. Estes estudos sugerem que o aumento dos níveis de vitamina D depois do diagnóstico podem aumentar as possibilidades de sobrevivência.
Alguns centros de tratamentos de cancro fornecem cerca de 5 000 IU (125 mcg) por dia de vitamina D aos seus pacientes. Os resultados desta medida ainda não foram publicados.