Os estudos realizados até ao momento na população geral apontam para uma relação benéfica entre o status positivo de vitamina D e o declínio da função renal, pressão arterial, proteinúria e mortalidade.
Não se comprova que a suplementação em vitamina D controle a pressão arterial e a disfunção ventricular ou melhore a função renal na Doença Renal Crónica (DRC); apesar da redução da albuminúria não há diminuição da progressão da doença renal.
A mortalidade cardiovascular nos doentes renais crónicos parece ser menor nos doentes submetidos a suplementação com vitamina D. Todavia, neste momento é desaconselhado o uso da vitamina D e seus análogos em estádio pré-diálise, exceto se houver Hiperparatiroidismo grave.
A suplementação com vitamina D potencia a susceptibilidade para desenvolver a formação de cálculos em indivíduos predispostos (sobretudo se a tomarem cálcio).
Subsiste muita controvérsia sobre aquilo que é considerado como o nível “normal” de vitamina D na população geral, e sobretudo no doente renal crónico;
É necessário aprofundar os conhecimentos sobre os polimorfismos dos recetores da Vitamina D nos diferentes grupos alvo, incluindo a DRC;
Embora o status de deficiência ou insuficiência em vitamina D possa ser relacionado com pior prognóstico, não significa que a suplementação o corrija;
A maior parte das metaanálises e revisões sistemáticas contêm vieses. São necessários mais e melhores estudos prospectivos, controlados e randomizados para sustentar as conclusões dos estudos anteriores.
(Resumo da conferência proferida por Professor Doutor Rui Alves, no âmbito da 4ª edição do Fórum D 2018. Ver versão integral)